Enquanto a irmã brincava de boneca, ela preferia observar insetos. Na escola, gostava de ciências. E quando ganhou dos pais um laboratório mágico, daqueles com fumacinha saindo dos tubos de ensaio, decidiu: "Vou ser cientista". "Sempre tive esse olhar curioso", conta Silvya Stuchi Maria-Engler, uma das mais renomadas cientistas brasileiras da nova geração. Aos 42 anos, essa bióloga lidera na Universidade de São Paulo (USP) pesquisas com o uso de uma pele artificial - idêntica à humana -, que permite avaliar a toxicidade e a eficácia de novas drogas para o tratamento de câncer.
Seus estudos também ajudam as indústrias a testar produtos cosméticos, reduzindo a necessidade do uso de cobaias animais. Agora, ela luta pela criação de um centro nacional de testes alternativos. "A indústria cosmética européia já baniu o uso de animais. Nossa pesquisa vai trazer esse avanço ao Brasil", afirma Silvya, com um carregado sotaque caipira. De Catanduva, no interior paulista, à Califórnia, onde fez seu pós-doutorado, a menina que gostava dos tubos de ensaio agora coleciona prêmios - como o de Paulistano do Ano da revista VEJA São Paulo, em 2010, na categoria cientista. De família humilde e tendo estudado a vida toda em escola pública, ela ensina: "Dedicação é tudo".
"O macaco é um animal demasiado simpático para que o homem descenda dele".
Fonte:VOCÊ S/A
4 comentários:
A Silvia é minha amiga de infância e adolescência em Catanduva. Você tem o contato dela?
Adalberto - ONG AJUDAA
Ainda não tenho o contato dela, mas estou mexendo os "pauzinhos" para conseguir, assim que tiver, te passo também. Me interessou muito o contato dela até para fazer uma palestra por aqui.
bjs
Que boa notícia! Parabéns e que seu projeto acabe de vez com os testes cruéis nos animais!
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