domingo, 21 de março de 2010

... a boca fala do que está cheio o coração. (Lc 6.45)



A nossa língua é comparada ao fogo. Apenas um “palito de fósforo” pode incendiar toda uma floresta (Tg 3.5).

“Com ela bendizemos ao Senhor; também com ela amaldiçoamos os homens... de uma só boca procede benção e maldição...” (Tg 3.9,10)

”Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no dia de juízo; porque pelas tuas palavras serás justificado, e pelas tuas palavras serás condenado.” (Mt 12.36,37)

Infelizmente é muito comum que nos momentos de ira, ou até mesmo em nossas brincadeiras percamos de vista a orientação divina e a língua transforma-se em instrumento para o mal e palavras amaldiçoadoras são proferidas. É preciso um cuidado redobrado com as palavras que denotam maldição.

O ser humano possui uma particularidade muito especial, pois além da vida física, há a espiritual. Devido a esta espiritualidade natural, ele detém em suas palavras autoridade para abençoar ou amaldiçoar; dar vida ou tirar vida. (Lc 10.19,20)

O mau uso da língua pode trazer sérios danos sobre sua própria vida ou de outrem.

“Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios.” (Sl 141.3)


“Todo homem, pois seja pronto para ouvir, tardio pra falar ... Se alguém não tropeça no falar é perfeito... Ora, a língua é fogo; é mundo de iniqüidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como é posta ela mesma em chamas pelo inferno... A língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar... Com ela bendizemos ao Senhor; também com ela amaldiçoamos os homens, feito à semelhança de Deus: de uma só boca procede benção e maldição... Seis cousas o Senhor aborrece... Língua mentirosa... Testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos.”

( Tg 1.19; 3.1-12 e Pv 6.16-19)

Mateus 12.33-34 fala que "Ou dizeis que a àrvore é boa e seu fruto bom. Ou dizeis que a àrvore é má e seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore. Raças de víboras, como podeis dizer coisas boas sendo maus? Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca". 

Que cada um se auto avalie, o silêncio é a voz do Pai. O que tem saído de sua boca? Bençãos ou maldições? Discórdia ou união? 
O mal que se deseja nunca é demais. Sua vida é simplesmente a materialização de seus pensamentos e suas palavras. Parabéns.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Reunião de Mulheres em Prol do Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher

Mulheres de Ribeirão Preto e região estiveram reunidas em um almoço nesta terça-feira, dia 16, com a Vereadora Glaucia Berenice (PSDB), Dra. Rosemary Corrêa, gestora estadual do Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher e a Prefeita Darcy Vera.





O encontro foi promovido pela Vereadora Gláucia e teve como objetivo discutir e encaminhar a implementação de políticas públicas em prol da mulher para a cidade e municípios vizinhos.

A prefeita Dárcy Vera sustentou que “É fundamental promover iniciativas que colaborem com o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência, o que nos permite dar um importante passo na promoção de mudanças para superar as desigualdades entre mulheres e homens na sociedade”.

A Presidente do Conselho Estadual da Condição Feminina, Dra. Rosemary Correa,  falou sobre seu contentamento em ver que a Comissão da Mulher Advogada estava representada e falou sobre a importância da participação da OAB para efetivar direitos legítimos de todas as mulheres. Falou também sobre a excelente participação que tem a Comissão da Mulher Advogada de SP.

Como coordenadora da Comissão da Mulher Advogada da OAB de Ribeirão Preto e representante da entidade no Encontro, disse para a Prefeita Darcy Vera e a Presidente do Conselho Estadual que nossa instituição colaborará no que for necessário para a efetivação dos direitos das mulheres e participará ativamente da implantação do Pacto Nacional em nossa cidade. Trabalharemos ao lado do Governo Nacional, Estadual e Municipal.

O Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher possui quatro áreas estruturantes:

1 - Consolidação da Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, incluindo a implementação da Lei Maria da Penha;

2- Combate à exploração sexual e ao tráfico de mulheres;

3 - Promoção dos direitos humanos das mulheres em situação de prisão;

4- Promoção dos direitos sexuais e reprodutivos e enfrentamento à feminização da Aids.




É importante salientar que a violência contra a mulher não acontece somente nas camadas menos privilegiadas da população, ela está em todos os níveis sociais. Qualquer mulher está sujeita a sofrer algum tipo de agressão de seu companheiro, seja ela dona de casa, advogada, promotora, juíza ou empresária. Temos que melhorar o atendimento na porta de entrada desses conflitos para que realmente elas se sintam acolhidas para fazer valer seus direitos.

Além disso é muito importante que todas as mulheres se dêem conta de que o índice de contaminação da AIDS está equivalente entre homens e mulheres.

O assustador é que grande parte dessas mulheres infectadas são mulheres casadas, que as vezes nunca tiveram outro companheiro senão o próprio marido. Elas não acreditam da necessidade do uso de preservativos e são infectadas por seus companheiros, que tiveram relações extraconjugais sem proteção.

Além disso, a pedido da Presidente do Conselho Estadual, a Comissão da Mulher Advogada, juntamente com a Comissão dos Direitos Humanos, solicitará uma visita na penitenciária feminina de Ribeirão Preto para saber sobre a realidade das presas que lá se encontram. Após, será agendada uma visita juntamente com os representantes do Governo do Estado, para verificar o que pode ser implantado para melhorar o local.

Por situações como estas, fica evidente que é dever da OAB e de toda a sociedade ajudar na implantação efetiva do Pacto Nacional em Ribeirão e região.