sexta-feira, 27 de abril de 2012

Liminar barra rodeio em Ribeirão Preto


O juiz da 2ª Vara Cível de Ribeirão Preto determinou que a Polícia Militar e Ambiental impeça maus tratos e crueldade nos animais do RIBEIRÃO RODEIO MUSIC. Só poderá ocorrer o rodeio SEM SEDÊM DE QUALQUER TIPO, CORDA AMERICANA, PEITEIRAS, ESPORAS, CHOQUES ELÉTRICOS, PERSEGUIÇÕES E DERRUBADAS DE ANIMAIS E PROVA DO LAÇO
Se depois de tudo isso o boi pular, então pode fazer o rodeio ...

Parabéns as ONGs Focinhos SA e Projeto Murilo Pretinho e as advogadas Dra. Camila Secani e Gabriela Molero e todos os advogados, ONGs e pessoas envolvidas na ação. 

Viviane Alexandre


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Criado programa de atendimento veterinário gratuito no RJ

Agora é lei no Estado do Rio de Janeiro a prestação de atendimento veterinário gratuito a animais de famílias que tenham renda de até três salários mínimos. É o que garante a lei 6.208/11, que cria no Rio de Janeiro o Programa de Atendimento Veterinário Gratuito aos Animais Domésticos da População Carente.
A nova regra foi publicada no Diário Oficial do Legislativo desta terça-feira (17/04), promulgada após a derrubada do veto do Executivo à proposição, de autoria do deputado Luiz Martins (PDT).
“Queremos garantir o tratamento adequado dos animais de uma parcela da sociedade que não tem como arcar com esse tipo de serviço. Este atendimento será, inclusive, uma importante ferramenta de Saúde Pública”, diz o deputado.
O texto encarrega a Secretaria de Defesa Civil da implantação do programa, que incluirá consultas e cirurgias. Para isso, o Estado fica autorizado a celebrar convênios e parcerias com entidades de proteção animal, universidades, estabelecimentos veterinários, empresas públicas e privadas e entidades de classe.
Fonte:ANDA
Obs. A garantia do atendimento veterinário gratuito é condição indispensável para promover o bem estar dos animais e com isso cumprir a determinação constitucional que cabe ao poder público e à coletividade, de zelar e defender o meio ambiente. 
Viviane Alexandre

segunda-feira, 9 de abril de 2012

A RAIVA CHEGOU EM RIBEIRÃO, E AGORA?


Após 11 anos sem aparecer em Ribeirão Preto, a raiva agora está de volta. Um cão de um ano e meio morreu e a análise comprovou a contaminação com raiva.
É certo que após as mortes de 2010, o Ministério da Saúde suspendeu a vacinação por esses dois anos, sendo que muitas cidades, por precaução, compraram doses de vacinas contra raiva e vacinaram gratuitamente os animais.
Mas e Ribeirão Preto? Onde está a precaução? Onde estava a Secretaria Municipal de Saúde que preferiu se transformar em Secretaria Municipal da Doença? O que é inegável é que há anos a saúde em Ribeirão está um caos e a prevenção de doenças tem passado longe do foco da gestão. A consequência disso é a cidade como uma das campeãs em números de caso dengue, e agora, após mais de uma década, ver ressuscitada o fantasma da raiva.
Não podemos negar que após o laudo positivo para raiva, o setor de vigilância em saúde correu para vacinar todos os animais da área de risco. Mas será isto suficiente? Correr atrás do prejuízo? Há alguns meses a cidade de Ribeirão foi escolhida como uma das cidades a receber do Ministério da Saúde 58.466 doses da vacina para serem utilizadas no município. Após mais de um mês disponibilizadas em vários pontos da cidade, somente 2 mil animais foram vacinados.  Culpa da população, que não levou seus animais? Sim, mas onde está a propaganda institucional que conscientiza quanto à importância da vacina? Você viu? Eu não vi, absolutamente nada.
Segundo informações de 2010 do Instituto Pasteur com base na vacinação antirrábica, Ribeirão Preto contava a época com mais de 80 mil cães e 40 mil gatos. São somente estimativas, pois nunca houve um censo animal na cidade e temos que lembrar também que nem todos os animais são levados para vacinação, principalmente os gatos. Acredito que de fato tenhamos mais de 120 mil cães na cidade, gatos, mais de 70 mil...
O fato é que mesmo que a prefeitura de Ribeirão Preto tivesse feito o dever de casa e usado todas as vacinas recebidas pelo Ministério, ainda assim seriam insuficientes para vacinar todos os animais e exercer de fato seu dever de prevenção de doenças  em animais humanos e não humanos. Devemos lembrar que a raiva é uma zoonose que mata, perigosa e jamais poderia ter sido desconsiderada desta maneira pela Secretaria Municipal de Saúde. Porque alguns municípios preferiram comprar suas próprias vacinas para manter sua cidade imune e Ribeirão não teve a mesma preocupação?
Já ouviu falar da leishmaniose? Ela tem feito vítimas humanas e não humanas em todo o Brasil. No Estado de São Paulo temos várias cidades com focos da doença, que é transmitida através da picada de um mosquito tanto aos cães quanto aos seres humanos. E o que Ribeirão tem feito para prevenir? Nada, a não ser esperar a doença chegar, assim como esperamos também a raiva, que chegou.
Outro dia ouvi de uma diretora que não é obrigação da Secretaria de Saúde recolher animais mortos. Então a obrigação é de quem? Minha? Animais mortos não são vetores de doenças? Ribeirão Preto não pode remediar, precisa agir, não somente reagir. Precisa prevenir. É inaceitável que uma cidade com esta não tenha gestores que se preocupem efetivamente com a prevenção de zoonoses, que somente se preocupem com seu contracheque ao final do mês, pouco se importando com o Princípio da Eficiência, tão desejado e tão pouco aplicado.



domingo, 1 de abril de 2012

PROTEÇÃO ANIMAL CRESCE E AMBEV EXIGE MUDANÇAS EM RODEIOS



Foi lançado esta semana o Campeonato brasileiro de montaria em touros (antigo Circuito Nacional de Rodeios). Para ser patrocinadora do torneio a AmBev exigiu que não houvesse nenhuma vinculação de sua marca a maus tratos em animais, o que incluiu desde a mudança do nome do evento até a extinção de modalidades que causassem a eles algum sofrimento, como a prova do laço ou bulldog (aquela que levou a morte de um bezerro no ano passado na festa do peão de Barretos).
Trata-se de uma nítida demonstração de força da causa animal e do crescimento deste movimento. Nenhuma empresa séria quer seu nome vinculada a maus tratos a animais, isto é obvio, e as exigências da AmBev deixam clara esta preocupação. Mas ainda é pouco. Qualquer ativista da causa sabe que não há como haver rodeios sem maus tratos, não há pulos sem sedém, esporas não pontiagudas também ferem. Fora isto, há também a tortura psicológica que o touro passa não somente nos 8 segundos, mas em toda sua trajetória até o recinto, o confinamento com outros animais desconhecidos, os fogos, luzes, som...

Cabe a nós pressionarmos cada vez mais. Até quando vamos querer nossa cidade vinculada a maus tratos a animais? Cabe a cada cidadão se manifestar a respeito, exigindo que sua cidade não seja palco desse tipo de tortura. Usemos exemplos de outras cidades, como Araraquara-SP, que antes de qualquer pressão econômica, se posicionou falando RODEIO, AQUI NÃO!