terça-feira, 15 de novembro de 2011

EU OPTEI PELOS ANIMAIS, E VOCÊ?





Eu optei pelos animais

Penso que existe no mundo dois grupos distintos de pessoas:



• As que fazem alguma coisa pra melhorar o planeta e;



As que não fazem nada.





Eu faço parte do primeiro grupo:Eu ajudo os animais.


Isso, porém não quer dizer que eu deixe de ajudar ao meu semelhante. Eu sou um ser humano e não é possível ajudar aos animais sem ajudar aos seres humanos, mesmo porque os animais são vítimas da ignorância homem.



Minha ajuda ao ser humano consiste na conscientização, esse é o caminho, e faz parte da luta pelos direitos dos animais. Ninguém tem a obrigação de amar os animais, as pessoas não amam nem aos seus filhos... Mas devem saber que existem leis que os protegem.



Preocupar-se apenas com os animais seria enxugar gelo, pois quem proporciona o sofrimento aos animais é o homem.



Já perdi a conta de quantas vezes chamei uma viatura e fui para a delegacia, com um guardião irresponsável, por conta de maus tratos a animais.



Tudo faz parte de um contexto, os animais têm direitos, e o ser humano que se predispôs a ter um animal tem deveres que devem ser cumpridos, e conhecidos.



Proteger os animais e defender os seus direitos está dentro de mim, este é o apelo da minha alma. É isso o que me move.



Acredito que todos os seres humanos possuem um apelo da alma, alguns para animais, outros para crianças, para idosos, doentes etc.. O problema é que ouvir e atender este apelo requer coragem, desapego e fé em nós mesmos.



Se cada um ouvisse o seu chamado interior, o mundo seria diferente, com certeza.



Já fui a asilos, já fui a orfanatos, sou doadora de sangue, de órgãos, participei de jantares beneficentes etc.. Tudo pelos humanos, mas Eu Sou Protetora de Animais.



Não importa ao que você dedique o seu tempo, qual a causa que você tenha abraçado, a partir do momento em que você decidiu ouvir ao seu chamado interior, estará contribuindo para melhorar o planeta. Esta é a diferença entre viver e existir.



Você vive quando abraça uma causa, quando luta pelo que acredita, quando faz a diferença. Você existe quando passa os dias apenas esperando a morte chegar



Qual o defensor dos animais nunca ouviu:



“Com tanta criança pela rua, com tanto doente você vai ajudar cachorro?”



Entramos então no segundo grupo de pessoas: Os que não fazem nada.



Porque na verdade quem se incomoda com quem luta por uma causa, é exatamente quem não faz nada. O fato de ter por perto alguém que não teve medo de arregaçar as mangas e partir pra luta evidencia sua inércia. Demonstra a todos sua insignificância... Daí partem para o ataque.



Eu tenho na minha casa pelo menos uma dúzia de animais que recolhi da rua, resgato, trato, castro e dôo. Tudo com recursos próprios, tudo pago com o meu salário. Ajudo a abrigos que passam necessidades, ajudo a protetores independentes que não tem como custear o tratamento dos animais que resgatam etc..



Gostaria de saber se quem faz essa pergunta alguma vez retirou uma criança da rua para adotar. Claro que não.



Gostaria então de saber qual o orfanato que ela ajuda mensalmente, qual o asilo que contribui, se algum dia de sua vida pagou sequer um almoço para um morador de rua. Muito provavelmente a resposta será: Não, não, não... Porque estamos falando de quem não faz nada, nem pelo semelhante, nem por animais, nem pra salvar as árvores, muito menos pelo planeta.



Há ainda, inserido no grupo dos que não fazem nada, um subgrupo: Os que não fazem nada e ainda tentam atrapalhar quem faz.



Nesse grupo estão inseridos aqueles que sempre tentam te empurrar alguma obrigação.
Se encontram um animal atropelado te ligam na hora, ou pior, fotografam o sofrimento do bichinho, vão pra casa, descarregam as fotos no computador e te mandam por email. Se souberem de algum animal necessitado, divulgam os seus contatos como “pessoa certa” para resolver o problema. Não se importam se você está superlotado, se tem condição financeira, se tem tempo de cuidar de mais um animal...



Esse é o cara que quando você diz que não tem condição de recolher mais um animal (no seu quintal, com seu tempo vago entre trabalhar e cuidar da família e com o seu recurso financeiro) sai te difamando na internet. Como se algo neste mundo desse a alguém, que muitas vezes você não conhece, o direito de dizer como e com o que você deve empregar o trabalho que faz e forma voluntária (com o dinheiro de seu bolso) enquanto ele fica confortavelmente em casa, atrás do computador.



Não tenho a pretensão de ditar regras, quem não quer fazer a diferença, que não faça. Mas que não pense que tem o direito de questionar quem decidiu fazer.



Você não é obrigado a amar os animais, mas tem o dever de respeitá-los.



Você não é obrigado a abraçar nenhuma causa, mas tem o dever de respeitar quem o fêz.



“Eu dedico minha vida aos animais, esta é minha causa e eu apenas discuto este assunto com quem faz algo pra mudar o mundo, só discuto este assunto com quem faz algo além de existir, quem não faz nada, não tem direito nenhum de me questionar”.



Eu fiz a diferença



Era uma vez um escritor que morava numa praia tranquila, junto a uma colônia de pescadores.
Todas as manhãs, ele passeava a beira mar para se inspirar e, à tarde, ficava em casa escrevendo. Um dia, caminhando pela praia, viu um vulto que parecia dançar.
Quando chegou perto, encontrou um jovem pegando as estrelas do mar da areia e jogando-as, uma por uma, de volta ao mar. -
Por que está fazendo isso? - perguntou o escritor.
-Você não vê? - disse o jovem. - A maré está baixa e sol brilhando. Elas secarão no sol, vão morrer se ficarem aqui.
- Meu jovem existem milhares de quilômetros de praias por esse mundo afora e centenas de milhares de estrelas do mar espalhadas por elas. Você joga umas poucas de volta ao mar... Que diferença isso faz? A maioria vai perecer de qualquer forma.
O jovem pegou mais uma estrela da areia, jogou-a no mar, olhou para o escritor e disse: -Para essa, eu fiz a diferença.
Naquela tarde o escritor não conseguiu trabalhar...
De noite ele não conseguiu dormir...
No outro dia pela manhã, ele decidiu se juntar ao jovem.
Assim naquela praia, dois vultos pareciam dançar.


Extraído do livro: Como Atirar Vacas no Precipício.

Texto retirado do blog da amiga Lilian Rockenbach ao qual concordo plenamente e por isto reproduzi aqui.


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