quarta-feira, 23 de abril de 2014

Miíase - A conhecida bicheira

Existem muitas doenças que os donos de gatos e de cachorros podem não conhecer bem como são, os sintomas e, principalmente, o tratamento. E quando o animal está enfermo, fica ainda mais desprotegido. A miíase, conhecida popularmente por bicheira, é quando existe uma infestação de larvas de mosca nos animais.
A afecção parasitária pode ser nos tecidos ou cavidades do corpo do animal. Existem diferentes espécies de moscas que podem causar a miíase e podem: depositar apenas uma larva esbranquiçada (berne) e causar uma miíase nodular cutânea, e outras espécies deixam vários ovos na lesão, aí é a conhecida bicheira. As afecções são separadas em duas categorias:

Biontófagas: quando as larvas invadem o tecido vivo (o animal não precisa estar ferido para que isso aconteça). Nessa categoria, estão as espécies de insetos callitroga americana, dermatobia hominis e oestrus ovis.

Necrobiontófagas: quando as larvas invadem tecidos já machucados por necrose, onde as elas se alimentam do tecido morto. As moscas deste grupo são: licilia, sarcophaga, phaenicia, calliphora, musca, mucina e fannia.

Conhecendo os sintomas da miíase 


O gato ou cachorro com miíase pode apresentar dor, relutância em se mover ou dificuldades ao andar e também podem ocorrer sinais de enfermidades sistêmicas, em decorrência da toxemia. Encontram-se um ou mais inchaços subcutâneos firmes e fistulados nos exames clínicos.
É possível observar as larvas na fistula e ao redor delas o tecido necrosado. Se a lesão é na região cutânea, normalmente existe uma ferida aberta com odor forte. Se a infestação com larvas cuterebriades for grande, pode acontecer debilitação e até o óbito do animal acometido pela miíase.
As infecções secundárias das lesões caracterizam-se por um macerado, fístulas e úlceras, onde também são visíveis grandes quantidades de larvas. Outros locais que também podem ser afetados são os olhos e o cérebro, neste último caso a infecção acontece por uma larva migratória normalmente por uma infecção por miíase em região de ouvidos ou olhos.

Prevenção 

Caso o animal fique muito tempo fora de casa, os donos tem que sempre verificar se não existem feridas, e caso tenha, tratá-las imediatamente e não deixar em contato com sujeira, animais ou ambientes que podem ter moscas que podem levar larvas até as feridas.

No exame clínico é frequentemente encontrado um ou mais inchaços subcutâneos, de aspecto firme e fistulado – fístula é um canal que se forma para a eliminação de pus -, além das outras características citadas anteriormente. É bastante comum que infecções bacterianas aconteçam de forma secundária à infestação.

Cuidados com o local no qual o animal de estimação se encontra também é uma parte importante do processo de prevenção da miíase. Manter o ambiente limpo e higienizado, sem deixar acumular fezes, sem presença de lixos e outros cuidados básicos, ajudando a evitar a presença de moscas e consequentemente a infecção do cão ou do gato.

Cuidados com o local no qual o animal de estimação se encontra também é uma parte importante do processo de prevenção da miíase. Manter o ambiente limpo e higienizado, sem deixar acumular fezes, sem presença de lixos e outros cuidados básicos, ajudando a evitar a presença de moscas e consequentemente a infecção do cão ou do gato.

Quando seu bichinho estiver ferido, principalmente de forma profunda, o ferimento não deve ser apenas coberto para impedir o contato com moscas, mas também trato com antisséptico e algum antibiótico tópico de indicação de seu veterinário. Alguns medicamentos estão sendo testados atualmente para a prevenção da doença, em sua maioria com sucesso.

Lembre-se sempre de que assim que seu bichinho apresentar sinais de que está doente ele deve ser levado ao veterinário para ser devidamente tratado e medicado contra Miíase, evitando maiores complicações e até mesmo o óbito. Receitas caseiras e indicações por pessoas leigas não são as melhores formas de se tratar qualquer doença.

Fonte: http://www.cachorrogato.com.br

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